Vítima de racismo religioso e intolerância religiosa, a comunidade do terreiro Omo Ilê Agbôula recebeu moção de solidariedade protocolada na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pelo deputado Hilton Coelho (PSOL).
"No dia 31 de março a comunidade religiosa sofreu invasão do seu território sagrado e destruição do assentamento de Èsú Lálù. Um ato que expressa racismo religioso que deve ser combatido pelo poder público e devidamente investigado pelos órgãos competentes", afirma Hilton Coelho.
O Omo Ilê Agbôula situa-se no Alto da Bela Vista, em Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica. Foi o primeiro terreiro do Brasil a cultuar os egunguns trazidos da África, sendo atualmente um dos poucos lugares dedicados exclusivamente ao culto aos egunguns.
Para o parlamentar "é um templo de ancestralidade afro-brasileira, portanto, um patrimônio de todo povo brasileiro. O ataque racista acontece em um momento de avanço da especulação imobiliária na Ilha de Itaparica resultado de um conjunto de projetos que vem sendo realizado pelo Governo do Estado como a Ponte Salvador Itaparica entre outros ligados ao turismo. Se faz urgente e necessário proteger o patrimônio cultural neste território", conclui Hilton Coelho.
Foto: Fernando Barbosa