Hilton Coelho sai em defesa da Escola de Samba Grande Rio
Por Equipe da Resistência

O deputado Hilton Coelho (PSOL) protocolou junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) moção de apoio à Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab) e à Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio que teve seu desfile “atacado de forma preconceituosa, verdadeiro racismo religioso”, pelo vereador José Paulo Pereira Barbosa, conhecido como Paulão do Caldeirão, 2º vice-presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana.

“Expressamos nosso total apoio às entidades e nos colocamos como parceiros na luta contra a intolerância religiosa e todas as manifestações de racismo em nosso País”, afirmou o deputado, no documento.

Hilton  observou que o ataque ao desfile da campeã do Carnaval 2022 do Rio de Janeiro com o tema ‘Fala, Majeté! Sete chaves de Exu’, desqualifica as religiões de matrizes africanas.

 “Com sua fala preconceituosa, o vereador qualificou o desfile da Grande Rio como uma ‘apresentação demoníaca’ associando a entidade Exu ao diabo. Para piorar, recebeu apoio do vereador Pastor Valdemir Santos que endossou as palavras do vereador Paulão. Ataques desse tipo não podem ficar sem resposta e merecem o nosso repúdio”.

Para o parlamentar, a sociedade brasileira, em especial na Bahia com suas tradições culturais e religiosas, não pode aceitar a intolerância religiosa ao povo de santo e a expressão cultural que homenageia nossos ancestrais, “trazendo o nosso lado da história, lado de amor, afeto, solidariedade e respeitos ao direito de todos manifestarem sua fé do seu modo”.

Hilton lembra, na moção, que as religiões de matrizes africanas, “tão criticadas e perseguidas, ensina princípios de humildade, cidadania, acolher e respeitar a todos, pois as pessoas têm o direito de professar sua fé de acordo com seu desejo e convicções''.

E conclui: “Triste ver que, a cada dia, componentes da Casa Legislativa usem suas atribuições para prestar um desserviço ao povo de Feira de Santana que os elegeram para tê-los como seus representantes e não seus algozes”.