Por Mandato da Resistência
Especulação imobiliária, crimes ambientais e supressão de direitos de povos tradicionais na Península de Maraú foram pautas de mais uma audiência pública articulada por nosso mandato da Resistência na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em maio desse ano.
Membros do Coletivo de Defesa do Meio Ambiente e Outros Direitos da Península de Maraú, do Coletivo Comumidades Unidas de Maraú e outras entidades da sociedade civil organizada do território apresentaram uma série de denúncias que vêm mobilizando ações do Ministério Público da Bahia (MPBA) e o Ministério Público Federal (MPF) na península e que envolvem a gestão da prefeitura de Maraú e órgãos de fiscalização ambiental.
Estiveram no debate representantes do MPBA e de diversos setores da sociedade civil, além do Instituto de Meio Ambiente e Recusrsos Hídricos (Inema), cujo representante, Eduardo Topázio, foi bastante cobrado pelas entidades envolvidas com as causas ambientais sobre o não-cumprimento do papel do órgão.
Diante da realidade imposta pelos eventos climáticos, o nosso papel é somar iniciativas que reforcem a busca por justiça, pelo combate ao racismo ambiental, aos crimes ambientais e pela garantia dos direitos democráticos e do interesse público em todos os territórios baianos. E foi nesse sentido que diversos encaminhamentos foram feitos de forma coletiva. Um dos mais importantes exigidos pelas lideranças populares foi a federalização das investigações sobre os crimes ambientais, licenças irregulares e violações das comunidades habitantes da península.
O saldo mais expressivo da audiência foi a demonstração de força e coragem dos movimentos populares da península de Maraú.
A pauta ainda deve render muitos outros capítulos. Acompanhe os canais da Resistência para ficar por dentro dessa história!
Imagens: @marcosmusse | divulgação