No dia 21 de outubro, foi dado o primeiro passo para a construção da Teia Legislativa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (POTMA) na Bahia.
O Mandato da Resistência, como guerrilheiro das lutas popular, vem sendo um dos principais componentes dessa articulação puxada por lideranças do Fórum Nacional por Soberania Alimentar e Nutricional dos POTMA (Fonsanpotma).
Além de uma agenda de compromissos para a formalização do lançamento da Teia na Assembleia Legislativa da Bahia e na Câmara Municipal de Salvador, foram acordadas ações conjuntas para combater as graves violações contra a existência e resistências dos modos de vida de matriz africana nos territórios tradicionais Banto, Jêje e Iorubana.
São Francisco do Conde - Um caso grave que se deu em São Francisco do Conde foi citado na reunião como exemplo emblemático de epistemicídio contra os POTMA.
Neste episódio, um território sagrado foi destruído e vilipendiado por um pastor neopentecostal, cuja violência foi gravada por ele mesmo e disseminada em redes sociais.
Tata Tero, de São Francisco do Conde, Tata Samuel, Ekede Luciana Bispo, Iaô Ana Bispo de Obaluaê, a Yalorixá Bernadete e o Babalaxé Moacir Pinho exigiram medidas institucionais contra esse genocídio dos POTMA, ou como as lideranças preferem chamar, contra a "violência biomítica", que alveja tanto a episteme, a memória, quanto o corpo físico.
Essa violência biomítica, segundo as lideranças de POTMA, é protagonizada pelo neopentecostalismo e o próprio Estado brasileiro.
Esse dia será lembrado como um dia histórico, em que se deu o pacto entre lideranças dos POTMA, nosso mandato da Resistência, a vereadora Laina Crisóstomo, da Mandata Pretas por Salvador (PSOL) e outros mandatos da ALBA, comprometidos com a pauta.