O mandato da resistência vem manifestar o seu repúdio à indicação da Sra. Márcia Telles, diretora do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), para também assumir interinamente a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA). Além do acúmulo de funções, o nosso repúdio é, sobretudo, ao histórico de Sra. Márcia Telles na diretoria do INEMA.
O INEMA, como já afirmou a própria diretora em evento público, dizendo que o órgão funciona como um cartório, vem liberando licenças para o desmatamento em áreas coletivas de comunidades tradicionais, licenças para a mineração em territórios quilombolas e de fundos e fechos de pasto, assim como outorga de água sem critério técnico coerente e sem consulta prévia às comunidades atingidas, provocando conflitos por água, como os acontecidos no município de Correntina, região oeste da Bahia.
Para o nosso mandato não restam dúvidas de que o INEMA vem legitimando a grilagem de terras no Estado da Bahia, quando “cartorialmente” libera licenças em áreas que ainda estão em conflitos ou que historicamente são territórios constituídos pelos diversos povos tradicionais da Bahia, mas que o Estado se nega a reconhecê-los.
Desde o Governo Wagner (PT), sobretudo na gestão de Eugênio Spengler na SEMA, que a Bahia vem liderando o ranking do desmatamento, tanto da Mata Atlântica, quanto do Cerrado brasileiro. O que o Governo Rui Costa (PT) deseja é dar continuidade ao projeto predatório que teve início ainda nos governos carlistas, e que busca destruir a nossa Mãe Natureza e explorar os povos que nela vivem.
Portanto, além do repúdio ao governo Rui Costa (PT) pela centralização da gestão ambiental de nosso estado nas mãos de Márcia Telles, deixamos aqui, também, um chamado para os povos da Bahia, para que se rebelem contra esse desgoverno que não ouve a população, muito menos a natureza.
O Mandato da Resistência se coloca ao lado do povo baiano oprimido, que ousa se rebelar contra os tiranos. Que juntos possamos construir uma alternativa programática de natureza ecossocialista para o nosso Estado.